Carlos Menezes (3)
Настоящее имя: Carlos Menezes (3)
Об исполнителе:
O guitarrista madeirense Carlos Menezes nasceu em 1920 no Funchal, no seio de uma família de músicos. O seu pai era trompetista na Banda Filarmónica do Funchal Os Artistas, o irmão era saxofonista e o avô construía e tocava instrumentos musicais. Carlos Menezes começou a sua atividade musical em idade precoce. Aos quatro anos de idade iniciou a aprendizagem e prática de guitarra, tocando com o pai, que o acompanhava à viola. A sua aprendizagem musical foi reforçada aos 15 anos, quando entrou para a Banda Filarmónica Os Artistas, a mesma onde o pai tocava. Nesse agrupamento aprendeu a tocar trompete e teve as primeiras lições de solfejo, no entanto manteve a prática de guitarra. A atividade musical de Carlos Menezes assumiu um caráter profissionalizante quando foi convidado para fazer uma audição musical no Hotel Belavista, a convite do cantor Max. Na audição encontrava-se a assistir o pianista Tony Amaral, que gostou do desempenho de Carlos Menezes e convidou o músico gostaram para tocar no hotel no conjunto Tony Amaral and His Boys. Impulsionado pela constante prática musical, no Hotel Belavista na boîte Flamingo – onde atuou durante três anos, Carlos Menezes começou a ouvir programas da BBC, com o objetivo de aprender novas vertentes musicais (modas) e sonoridades. Foram estes programas musicais ingleses que inspiraram o músico para criar uma guitarra elétrica. Na prática Carlos Menezes adaptou a uma guitarra clássica um pequeno microfone de contacto e ligou-o a um amplificador de 30 Watts. A inovação técnica na guitarra surgiu numa época em que não havia guitarras elétricas à venda nas lojas de música, quer na Madeira, ou em Portugal continental. A invenção de Carlos Menezes Em 1947 quando se deslocou a Lisboa, em digressão com o conjunto Tony Amaral and His Boys, Carlos Menezes utilizou a guitarra com as suas alterações e a nova sonoridade produzida foi uma novidade recebida com bastante interesse. Em Lisboa os guitarristas que tocavam nos grupos musicais usavam guitarras acústicas, sem amplificação própria. Assim, quando o músico madeirense mostrou a sua invenção a um construtor de instrumentos lisboeta e pediu-lhe que fizesse uma guitarra com este dispositivo, o construtor ainda questionou a viabilidade do engenho. Este construtor anónimo da casa de música Santos Beirão fez a guitarra elétrica de acordo com as adaptações de Carlos Menezes e alguns meses depois a guitarra, com caraterísticas semelhantes ao projeto de Carlos Menezes, encontrava-se em exposição na montra da sua loja. No entanto, apesar da sua cultura musical desenvolvida e dos conhecimentos teóricos e práticos na execução de instrumentos, Carlos Menezes não tinha consciência das implicações que a invenção deste instrumento poderia ter. E de fato a guitarra elétrica entrou no mercado com excelentes volumes de venda. Mas Carlos Menezes não usufruiu do monopólio comercial, que se construiu em torno da sua invenção. O músico não exigiu qualquer tipo de comparticipação pela sua ideia e, inicialmente, quando pediu ao construtor de instrumentos que fizesse-se uma guitarra com as características pedidas pagou a quantia de 1000$00, numa época em que o ordenado médio não atingia 100$00 por dia. Na época em que criou a sua guitarra elétrica, durante o período em que esteve em Lisboa guitarrista começou a tocar regularmente com Tony Amaral e Max em algumas das principais casas com música de Lisboa, entre as quais: o Casino Estoril e a boîte Nina. Após o período em que Tony Amaral and His Boys atuaram em Lisboa o grupo foi convidado para atuar em Madrid, onde a guitarra inventada por Carlos Menezes criou muitas expetativas. O músico madeirense teve uma longa carreira musical e alcançou a distinção como uma dos maiores guitarristas portugueses, pioneiro da guitarra Jazz em Portugal. As sonoridades jazzísticas que desenvolveu como guitarrista surgiram sobretudo a partir dos contatos com os músicos das esquadras americanas, que aportavam na capital portuguesa. (Autoria: Esteireiro, Paulo (2008). “Carlos Menezes”. In 50 Histórias de Músicos na Madeira. Funchal: Associação de Amigos do Gabinete Coordenador de Educação Artística.)
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Carlos Meneses