Fernando Rangel

Fernando Rangel (Porto, 15 de Setembro de 1944) foi um dos mais competentes técnicos de som da música portuguesa, apreciado por todos os que com ele se cruzaram no palco ou estúdio e lhe reconheceram mérito, competência técnica e transcendente paciência e tranquilidade. Ingressou na Rádio Renascença em 1955, com 11 anos onde iniciou também a sua formação e percurso até se tornar técnico. Deixou esta emissora em 1982 para se dedicar em exclusividade à atividade de gravação em estúdio próprio. Conjuntamente com José Fortes criou, em 1965, os estúdios Fortes & Rangel, Lda., na cidade do Porto, estúdios entretanto renomeados Estúdios RM (Rangel Music) e que dirigiu até ao seu falecimento, em 2011. O estúdio continua hoje a atividade sob o nome de Estúdios Rangel, perpetuando o seu legado, sob a orientação de Cláudia Rangel, filha do fundador. Durante o seu percurso e atividade profissional contam-se inúmeras gravações para as mais importantes editoras de música popular do norte do país, bem como música religiosa para um sem número de congregações da zona centro e norte. Desenvolveu ainda extensa atividade de sonoplastia para teatro, tendo sido técnico residente de companhias como o Teatro Experimental do Porto (TEP) e o Teatro Seiva Trupe. Enquanto editor discográfico deteve várias etiquetas, sob as quais editou inúmeros grupos folclóricos e outros trabalhos discográficos. Em cassete editou sob a etiqueta ZING, em vinil e CD sob as etiquetas Discantus, DCS e Memórias. Dotado de competências várias e habilidoso multifacetado, desenvolveu vários trabalhos na área da fotografia e vídeo, tendo como paixão, ao longo de toda a sua vida, o desenho e a pintura, que manifestou nas artes gráficas de alguns trabalhos discográficos editados.