Alexandre Garrett

Alexandre Garrett iniciou a sua carreira em 1985, com o projecto Face Oculta que, mais tarde, evolui para os Monument, onde emparceirou com Alex FX e Henrique Garrett. Daí resultou o maxi-single «Nomum» (edição de autor) e a banda sonora para as performances intituladas «Orpheu 4», que percorreram os palcos do Aniki Bóbó, Rivoli e Johnny Guitar. Ao bailado e às imagens de condenados à cadeira eléctrica juntavam-se as versões de temas dos Velvet Underground e convidados especiais como Ana Deus dos Três Tristes Tigres. Já em 1995, ainda com Alex FX e Ana Deus, Alexandre Garrett apresenta vários espectáculos com um reportório exclusivamente composto por versões. «Atmosphere» dos Joy Division, «All We Ever Wanted» dos Bauhaus, «China Girl» e «Heroes» de David Bowie e canções dos Pixies, Patti Smith e David Sylvian eram o prato forte de espectáculos marcados por uma intensidade singular. O próximo passo seria a composição em português, o que viria a acontecer a partir de 1996 e dar origem aos ADN, grupo que Alexandre Garrett partilhou com Jorge Barreiros, Luís Paredes e Paulo Coelho. O álbum «Queres O Mundo», produzido por Mário Barreiros e Carlos Tê veria a luz do dia dois anos mais tarde pela EMI, com um sucesso de airplay do single “Tu e Eu”. Depois de mais de quarenta concertos por todo o país, os ADN cessam as suas actividades e Alexandre Garrett lança-se, definitivamente, a solo. «Mudar» começou a ser preparado em 1999. Poucos se lembrarão de um espectáculo no Clube Mau Mau. Ainda com canções do seu anterior projecto, ADN, Alexandre Garrett lançava então as sementes de um disco novo. Agora, finalmente editado. Flak, dos Rádio Macau, assumiu a produção. Paulinho e Sapo, dos Ramp, encarregaram-se da secção rítmica. Alexandre Garrett cuidou da autoria das canções, das guitarras e da voz.