António Melo
Настоящее имя: António Melo
Об исполнителе:
ANTÓNIO Luís de MELO, Pianista, Maestro e Compositor, natural de Lisboa, nasceu a 02-07-1903 e faleceu a 17-05-1975. Estudou no Conservatório de Lisboa, com Carlos de Araújo (Solfejo), Costa Reis (Piano), Ivo da Cunha e Silva (Violino) e Júlio Neuparth, Hermínio do Nascimento e Costa Pereira (Harmonia). Apenas com 10 anos de idade, já ajudava seu pai, Sineiro das Igrejas de São Roque e do Sacramento, tocando os sinos. Aos 12 anos tocava Piano na Sociedade de Recereio João Rodrigues Cordeiro, onde seu pai era também Pianista. Com a idade de 11 anos tocou pela primeira vez Órgão na Igreja das Chagas e aos 12 anos, tomou o lugar de Organista na Basílica da Estrela, onde se conservou durante três anos. Aos 13 anos começou a sua vida como Pianista, tocando no Café-Restaurante Londres, tendo trabalhado depois consecutivamente em Hotéis, Clunes, Praias, Cinemas, etc. Em 1926, partiu para a África Inglesa com um grupo dirigido por Raul de Oliveira, regressando a Lisboa em 1927, para em fins desse ano ali voltar, e regressar definitivamente a Lisboa em fins de 1929. Nesta viagem tocou nas principais cidades das províncias do Cabo, Transval, Natal, Orange e Rodésia e nas nossas colónias de São Tomé, Angola e Moçambique. Levado para o Teatro em 1931 pelo Maestro Frederico de Freitas, estreou-se como Compositor e Maestro no Teatro Avenida, de Lisboa, na revista "Ai-ló", de João de Bastos, Félix Bermudes e Alberto Barbosa. Compôs depois música para as revistas: "O Mexilhão", "Cantiga Nova", "Água Vai", "Pagode", "Rosmaninho", "Toma Lá, dá cá", "Cantiga da Rua", "A Alvorada do Amor", "As Pupilas do Senhor Reitor", "Pimpinela", etc. Em colaboração com Frederico de Freitas, escreveu a música para a alegoria "Afonso Henriques", de Matos Sequeira, representada no Castelo de São Jorge, em Lisboa, por ocasião das Comemorações Centenárias de 1940. Compôs também nesse ano o Hino Oficial da Exposição do Mundo Português. Em 1935, entrou para a Emissora Nacional, como Pianista Residente da Orquestra Sinfónica Nacional, dirigida por Pedro de Freitas Branco, e ali exerceu os cargos de Orquestrador, Acompanhador, Director de Orquestras de Jazz, Ligeiras, etc. Para os programas da Emissora Nacional, compôs músicas ligeiras para pequenas peças radiofónicas de êxitos, como "Zé Pereira", "Esta Palavra Saudade", "À Última Hora", "Revista Nunca Vista", "Juízo do Ano" e "Terra do Sol", que obtiveram também êxito. Em 1936, convidado pelo Diário de Lisboa para musicar uma das poesias premiadas no seu Concurso do Vinho e da Uva, coube-lhe musicar os versos de Rui Correia Leite, Vinhedos, que muito se popularizou. Com versos deste Poeta concorreu com duas canções ao concurso A Melhor Canção do Vinho do Porto, aberto pelo Jornal de Notícias, do Porto, obtendo o 1º e 2º Prémios. Para o cinema, escreveu no filme "A Canção de Lisboa" uma canção para quarteto vocal, escreveu em 1935 o quadro sinfónico "As Lavadeiras", para o filme "As Pupilas do Sr. Reitor", que depois transformou em "Cantiga ao Desafio" juntamente com Afonso Correia Leite, Armando Leça, Frederico de Freitas e Cruz e Sousa, e depois compôs música de fundo e canções para os filmes: "Portugal - Oito Séculos de História", "Porto de Abrigo", "João Ratão", "Exposição do Mundo Português", "O Costa do Castelo" e "A Menina da Rádio". Para o bailarino Francis compôs 3 bailados para Orquestra Sinfónica, intitulados: "Guardadores de Gado", "Saias" e "Pastores". Fez parte do Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional e da Direcção da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses. Na fase final da sua vida, gravou em 1961 um disco com a sua orquestra privativa, as "Terras da Charneca", e participou no programa "Museu do Cinema" de António Lopes Ribeiro.